Valada & Pontével: para todos os gostos

A volta do passado Domingo foi particularmente diversificada: O terreno... misto, o andamento... variável e as condições climatéricas... instáveis. Para os nove que se dispuseram a largar o aconchego dos lençóis por volta das 7 da matina e enfrentar o habitual julgamento por parte dos entes próximos, que não perdem uma oportunidade de questionar a nossa sanidade mental, acabou por ser uma manhã de ciclismo onde houve um pouco de tudo.

Cheguei ao local de partida muito para lá da hora na companhia de um numeroso grupo que se havia reunido na rotunda dos Caniços com o rumo traçado a Pegões. Aproveitámos a boleia até onde os percursos divergiram, na entrada para a ponte de Vila Franca de Xira, depois de se ter chegado a circular a cerca de 38 km/h à entrada da cidade sob o comando do sempre energético "Rodinhas".

Já por nossa conta seguimos então em direcção à Azambuja a um ritmo nem sempre condizente com o que eu tinha em mente quando saí de casa. Há sempre pelo menos um que implicitamente faz questão de fazer notar que lá por se estar em época de defeso não é razão para se andar a "passear. Desta vez foi o Midas, que anda visivelmente mais folgado que toda a gente e que acabou por fazer mais de 3/4 da volta na frente. Nem a tranquilidade da lezíria demoveu o homem da Look da sua contenda e depois de eu seguir alguns quilómetros ao seu lado fui forçado a proteger-me para evitar continuar em regimes cardíacos pouco simpáticos. Lá atrás circulava-se bem mais à vontade e deu finalmente para seguir o conselho do Zé, que aquando da transposição da linha ferroviária sugeriu a toda a gente que apreciasse a paisagem.

Em Valada, assim que se apontaram as rodas para Cruz de Campo, percebeu-se quase instantaneamente que ninguém iria chegar a casa sem apanhar uma molha. Um grupo de nuvens cinzentas cobria a zona de Pontével, precisamente para onde se seguia.

Mesmo antes do cruzamento e já em terreno mais acidentado começaram a notar-se os primeiros pingos. Um pouco mais à frente parou-se para café, depois de cerca de um quarto de hora a puxar bastante pelo motor. A planície estava agora definitivamente para trás e só voltaria a ser avistada na Ota. Até lá houve que desvendar o carrossel da ligação a Aveiras de Cima que havia sido facilmente encontrada e traçada no mapa dias antes mas que seria pela primeira vez desvendada in loco. Sem que houvessem surpresas lá se voltou a terreno catalogado. Até à Ota a toada foi relativamente tranquila, mantêndo-se, de resto, até à passagem  pelo interior de Alenquer. À saída desta vila e quando as ameaças de aguaceiros fortes finalmente se concretizaram, o Midas volta a subir o ritmo. Segui na sua roda e rapidamente nos isolamos dos restantes. Debaixo de chuva intensa a prioridade passou a ser não arrefecer. Limitei-me a seguir atrás tentando encontrar um bom compromisso entre aproveitar o cone de ar e rejeitar a persistente parábola de água. À entrada de Vila Franca fomos alcançados por alguns elementos depois de o Luís ter quebrado um pouco o ritmo mas ainda assim teve gás para acelerar novamente lançar um sprint irresistível à qual, claro está, não resisti. Depois da placa que serve o duplo propósito de assinalar o limite da cidade e a "meta volante" ainda deu para ver passar o Francisco a todo o gás, ele que de resto já tinha feito o gosto "às pernas" na Ponte do Reguengo.

O regresso a Alverca foi pacífico e, principalmente, deu para secar. No café houve quem optasse por fazer uma derradeira pausa antes de regressar a casa e "mandar" umas "postas de pescada" sobre a volta concluída e sobre a do próximo fim de semana na companhia do Gonçalo que para ali também gravitou depois de concluir a volta do grupo PinaBike.

Para a semana, se o tempo o permitir, vamos a Montejunto por Vila Verde dos Francos. Trajecto para breve.

Também para breve está o Jantar de fim de ano dos Ciclomoina. Estejam atentos ao blog para informações sobre este grandioso evento.