quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Relato da volta de Santo Estevão & Bilhetes para o Bike Festival 2010

A vontade para subir, já se sabia, não abundava: «Não é altura para fazer voltas grandes».
É, sem dúvida, um argumento válido e na altura pareceu razoável deixar cair a volta do Guincho em prol da promessa de uma manhã de ciclismo mais descontraída... 'Tá-se mesmo a ver...

Noutras notícias, o chefe Tomané tem bilhetes para o Festival Bike 2010 em Santarém para aqueles que encomendaram o novo equipamento. Quem quiser os bilhetes deve usar o contacto telefónico disponibilizado no fim do relato.

As manhãs friorentas estão aí (felizmente poucas vezes acompanhadas de chuva) e não há meio da malta "desarmar". No ano passado por esta altura as voltas tinham "meia dúzia de gatos pingados", contrastando com a multidão que tem aparecido estas últimas semanas. Bom sinal.

Depois de uma mini-conferência lá se decidiu a favor da acessível planície ribatejana e rumou-se a Santo Estevão. Até Vilafranca a velocidade manteve-se abaixo dos 30 km/h, como tem sido hábito, mas uma vez transposto o rio, na recta do cabo, rapidamente chegou aos 37. Pedi ao Vidal, que conduzia o grupo nessa altura, para não se ultrapassar os 35 de modo a tentar manter toda a gente junta, e imediatamente a seguir o Ricardo (do Forte da Casa) aproveitou o balanço e tomou a dianteira, talvez sem se aperceber do pedido para abrandar. Distanciou-se alguns metros mas logo ajustou a sua velocidade para permitir que o resto do grupo encostasse. Daí em diante rolou-se em fila dupla e em pelotão compacto, exceptuando uma ou outra pequena correcção à saída das rotundas. Não estando propriamente vento forte, sentia-se que o ar estava um pouco denso e húmido, traduzindo-se numa diferença esforço significativo entre os que seguiam na frente e os que tinham uma roda para se "agarrarem": numa das minhas demasiadamente longas passagens pela frente, quando se circulava a 35km/h  pouco antes do Infantado, a minha frequência cardíaca chegou aos 177 b.p.m. mas pouco depois de abrir e de me resguardar na parte de trás passei para os 133, para a mesma velocidade e em terreno semelhante. Num piscar de olhos o grupo chegou a Santo Estevão e à merecida pausa para café.

Uma vez satisfeito o vício voltou-se à estrada para a porção complementar da etapa. Após um arranque a meio gás e uma vez transpostos os topos à saída da localidade que compõem a a secção menos acessível da volta, lá se voltou à velocidade de cruzeiro. Mais uma vez acabei por abusar na duração da passagem pela frente, "roubando" tempo aos demais que demonstraram todos, de resto, estar disponíveis para dar o "corpo ao manifesto" se necessário. Os 35 pareciam a certa altura mais penosos de manter, pelo menos fora de regimes cardíacos menos próprios, e à entrada de Benavente já levava a "luz" bem acesa. Na ligação a Benavente quem tomou a dianteira não facilitou as coisas, levando o grupo a uns respeitáveis 40 km/h e deixando-me lá atrás, por momentos, à luta com o elástico.

No regresso à recta do cabo houve mais contenção sem que, no entanto, o ritmo desse sinais de decrescer para níveis de passeio, numa altura em que era o Francisco o condutor de serviço. Isto até o Nuno ter sido obrigado a parar... pela própria bexiga (o que acontece frequentemente), o que levou a que se fizesse um compasso de espera.
Na ponte de Vila Franca, local geralmente reservado a disputas (sprints), houve tréguas, o que poderia ser atribuído ao possível desgaste causado até então. No entanto, ao que parece, energia era o que não faltava. À saída da calçada de Vila Franca, quando tinha trocado para o prato pequeno da pedaleira, o Jorge faz questão de "furar" o período de descompressão ao tomar a dianteira e imprimindo uma velocidade considerável, obrigando toda a gente a manter-se "acordada". A sua iniciativa iria mesmo culminar com um sprint à saída de Alhandra o que me causou a sensação das pernas a "colar" quando tentei responder. Até Alverca o ritmo manteve-se animado. Ainda me distanciei uns quantos metros com o Francisco na roda mas o depósito já estava praticamente vazio e não dava para inventar muito. Nas bombas de gasolina que antecedem a área residencial da cidade o Carlos ainda me desafiou para um sprint mas o transito obrigou-me a fazer uma travagem brusca e, a bem da segurança de toda a gente, ao cancelamento do mesmo. De qualquer forma, e da maneira que estava, não me estava a ver conseguir "ganhar" aquele.

Mesmo ao cair do pano o Francisco "queima" mais um cartucho e chega ligeiramente destacado ao local de partida, perante a passividade da maioria.

Não tendo sido propriamente um treino muito violento também esteve longe de ser um passeio descontraído. Ou, para usar as palavras do Gazela (que, como fez notar o Midas, mostrou sinais de grande evolução face à semana anterior): "Para quem não queria fazer o Guincho..."

Contacto Tomané: 96 901 74 86

5 comentários:

  1. Olá a todos

    Como aqui já foi comentado uma volta não muito grande era para queimar os ultimos cartuchos da época, mas o pessoal está ainda com muita força para abrandar os andamentos.
    Para mim penso que foi uma boa tirada, a partir de agora temos que ir quebrando aos poucos para mais tarde não aparecer alguns imprevistos.

    Fiquem bem e até domingo

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  2. Amigos Sábado quem quer ir até ao Estoril, parar no cafezinho no alto (o preto ?), chegada por ponte de Lousa ..Loures ..casa, já somos 2 Jorge e Alexandre.

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  3. Uma crónica não muito longa mas respeituosa na medida em que retrata os pricipais factos ocorridos.

    Foi pena a situação gerada junto à Repsol na chegada à Alverca. Daria sem dúvida um belo sprint.


    Alguém vai a Santarém na sexta-feira??

    P.S. um obrigado ao esforço do Edgar por estas crónicas, para as quais nem sempre existe muito tempo para compôr.

    Um obrigado ao Tomané pelo bilhete.


    Ass. Carlos Cunha

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  4. Boa tarde Moinas
    Foi bom rolar com o grupo que se apresentou em Alverca.
    Deu para sentir que ainda não existe vontade de desacelerar o passo, senti algumas dificuldades para seguir no grupo, em certas alturas tive que andar acima do limite, também a minha condição física não é a melhor, mas devagar lá chegarei.
    Os meus últimos Km já foram de gestão, porque já nada tinha para dar.
    Obrigado aos que me incentivaram durante a volta, e a preocupação para que eu não ficasse para trás.
    Um forte abraço
    Gaza

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  5. Jorge:
    Eu vou amanhã convosco. Apareço nos Caniços às 8h.

    Carlos:
    Ultimamente as cronicas não têm saído tão bem quanto gostaria mas, de facto, o tempo para as melhorar não tem abundado. Obrigado pelo incentivo.

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