domingo, 28 de fevereiro de 2010

Meca & companhia: um relato

No último dia de Fevereiro sete Moinas decidiram aproveitar a rara janela de oportunidade concedida pelo tempo e apresentar-se para mais uma etapa, desta feita a que estava originalmente prevista para a semana anterior que foi adiada devido a condições meteorológicas adversas. O percurso acabou por ser ligeiramente diferente do planeado sem que tal tivesse beliscado o objectivo da volta, que se revelou um excelente treino de Inverno.

Devido a um acordar tardio fui forçado a fazer a ligação a Alverca a solo e em intensidade alta. Passavam cerca de 15 minutos das hora do costume quando apanhei o Tomané, os Luíses (o Midas e o "Focus"), o Marco, o Zé e o Pierre a fazerem-se à estrada. Entre os ausentes estavam o Jorge e o Alexandre, que tinham manifestado a intenção de participar na primeira clássica Pinabike desta época.

Dos primeiros quilómetros há a registar um furo do Midas (da câmara de ar do pneu da roda de trás da LOOK do Midas, entenda-se) à saída de Vila Franca, numa altura em que o Tomané parecia querer impor um ritmo menos "descontraído" na cabeça do pelotão. Depois de substituído o pneumático não voltou a haver a iniciativa de "mexer" no andamento, provavelmente porque todos começaram entretanto a pensar na abordagem ao primeiro petisco do dia. Foi, assim, em ritmo descontraído e a partilhar experiências sobre a subida para Meca (terreno desconhecido para alguns, incluindo eu) que se percorreram mais uns quantos quilómetros.

Na descida que precede o cruzamento da Ota ganhei alguma distância em relação ao resto do grupo e apesar de ter esperado um pouco acabei por iniciar a ascensão ligeiramente adiantado. Tentei disciplinar-me e manter a pulsação relativamente baixa mas esta ia já nos 85% quando fui alcançado pelo Zé. Aproveitei a excelente roda, atingi as 178 ppm e percebi que tinha feito uma boa opção ao não me ter ido meter com os "tubarões" de Loures. Pausa para reagrupar e para ver o Pierre desencaixar o pé errado para imobilizar a bicicleta... Felizmente não houve prejuízos.

Sem grandes pressas e com o cuidado que se exige quando a estrada está molhada iniciou-se a descida para a outra "banda" e pacificamente lá se continuou em direcção ao Sobral até que, à passagem pela Corujeira, o "espalha brasas" de serviço resolve acelerar e ultrapassar o grupo a cerca de 30 km/h quando a "bolha" marcava 5% de inclinação (e não 50 km/h a 12% como o Marco sugeriu que eu usasse para assinalar a situação no blog). Tem lá paciência rapaz ;) Depois foi a vez de o Zé assumir o comando a um ritmo rijo numa rampa pouco antes do Sobral, tem sido depois rendido por mim quando a inclinação me era mais favorável, onde fiz a vontade ao corpo e num andamento pesado e a aumentar progressivamente levei o líder rendido na roda.

Pausa para a dose de cafeína (sem a qual esta malta parece não funcionar) e zarpamos em direcção à subida de Casais de São Quintino. Vento, muito vento, e uma estrada molhada e em muito más condições acabaram por limitar o andamento nesta secção. Mais uma vez ganhei alguma distância na descida à saída do Sobral e optei por aproveitar o "balanço" e iniciar a ascensão isolado. Claramente a "queimar a pastilha" forcei um andamento pesado e cheguei com uma alguma vantagem em relação ao grupo.

Aproveitei a inclinação da zona do Milharado para fazer um mini-treino específico e efectuar a subida sempre levantado e fora do selim. Notavam-se bem as "folgas" forçadas dos últimos tempos, dos dias em que a bicicleta não saiu da garagem, e apesar de o cardio não andar famoso as pernas estavam irreconhecivelmente leves.

O reagrupamento ocorreu na Póvoa da Galega. Dei o corpo ao vento ao lado do Zé e juntos conduzimos o grupo até à rotunda do vale de São Gião. Iniciei a subida com um ritmo moderado e com o Zé e o Marco na roda. A determinada altura o Marco resolve apertar e ultrapassa-me. Em tom de brincadeira e perante a diferença de velocidades disse-lhe "até logo" e pensei eu "ficar" por ali e não morder o isco. Mas o Zé ultrapassa-me e com um gesto sugestivo sugere-me a roda. E pronto, lá voltei a apertar. Colámos ao Marco e, como de costume, sofri enquanto houve "gás", que felizmente esgotou-se mais depressa do que previa. Quando o Zé se preparava para o substituir temi o pior. Mas ao fazê-lo diz-lhe para "descansar um pouco" e estabilizou a velocidade, que não voltaria a sofrer oscilações até ao topo. Assim, a escalada foi mais confortável nos metros imediatamente a seguir mas, complementarmente, duríssima nos metros finais. "Bom ritmo", disse-lhe um tanto ou quanto ofegante quando chegamos ao cimo do cabeço.

Depois de mais um reagrupamento descemos para Sete Casas. Pelo caminho houve espaço para me "picar" com o Focus. À passagem pelo MARL impunha-se decidir se a subida programada de Santa Iria era mesmo para fazer. Fiz a pergunta na rotunda onde os trajectos divergiam e numa altura em que começava a cair a primeira chuva digna desse nome. A resposta veio na forma de um movimento colectivo de guiadores, com todos a optarem por seguir em direcção a Vialonga. Fazia-se notar já algum cansaço e não havia motivo para forçar. "Quando um gajo está sentado em frente ao computador parece tudo fácil" disse horas antes ao Tomané. E ele concordara comigo.

Na variante cruzámo-nos com a frente da clássica do grupo PinaBike. Na dianteira, segundo o Zé, seguiam o André e "o outro puto sub 23 que anda c'mó caraças". Talvez três minutos atrás um par de Ciclomix com pelo menos um Hugo (o outro não reconheci). E cerca de 2 minutos depois um grupo mais numeroso encabeçado pelo Ricardo Costa e onde constavam outros elementos PinaBike. A escassos segundos seguia ainda o Jony acompanhado por dois ou 3 outros ciclistas. Teria o dueto da frente sido alcançado? Não percam a crónica da semana no Conversas de Ciclista.

De volta à nossa... volta, para fechar as contas da jornada: 100 Km, 1200 m de acumulado, 24 km/h incluindo as neutralizações "activas" (sem parar a bicicleta), muita boa disposição e chuva q.b.. Bom treino, pessoal!

Para a semana o lema da ordem é "meter quilómetros". Sugestões até agora: Alcochete e Coruche. Pessoalmente preferia Coruche em sentido inverso ao do costume, que ainda não tive oportunidade de fazer. Digam de vossa justiça. As votações terminam Quarta-feira ao meio-dia.

6 comentários:

  1. Viva!
    Domingo espero estar de volta, para mais uma etapa...em relação aos trajectos sugeridos como não conheço nenhum, venha o que vier, é para tentar fazer.

    Mas seria interessante (se possivel e se tiveres esses dados) colocares as distâncias e o acumulado. Talvez nem seja muita a diferença entre elas mas fica a sugestão.

    Um abraço a todos e até domingo

    Vou tentar pedalar em "seco" em casa pois estou parado á algum tempo e isso nota-se.

    Rafael Monteiro

    ResponderEliminar
  2. Boa tarde Ciclomoinas
    Tudo bem?

    Como previa, lá fiquei por casa e mais um fim de semana sem pedalar(nem rolos), este ano o São Pedro tem carregado bastante.

    Bem haja aos corajosos pela volta deste Domingo e espero que no proximo o tempo melhore, para poder juntar-me a vós e engrossar o pelotão.
    Quanto á volta para Domingo, por mim, a que o grupo decidir, tudo bem, desde que o tempo ajude.....

    Um grande abraço a todos
    Continuação de bons treinos (na medida do possivel!!!)

    Pedro Fonseca

    ResponderEliminar
  3. Rafael, dados exactos ainda não tenho mas assim por alto a de Alcochete tem 100 km e Coruche 130 (Alverca-Alverca). Os acumulados são insignificantes. Para teres uma ideia da "monotonia" a principal dificuldade da primeira é a ponte de Vila-Franca...
    A de Coruche também é praticamente sempre a rolar tirando duas ou três rampas mais longas, mas nenhuma terá mais de 40 metros de desnível, digo eu.

    ResponderEliminar
  4. viva moinas,
    Eu na volta do próximo domingo votei Coruche.
    Tomane conta comigo para a nossa volta no dia 28,se o tempo ajudar.
    Saudações
    Marco

    ResponderEliminar
  5. Amigos lembro que à clássica dos Pinas Évora é no dia 21 deste mês.
    Quem quer ir ao monte-junto sábado? se o tempo permitir claro! aguardo notícias no blog. Abraços

    ResponderEliminar
  6. espero poder estar convosco no proximo DOMINGO se as intemperes nao nos trocar as voltas RUI RATO.

    ResponderEliminar