domingo, 14 de fevereiro de 2010

Pseudo-crónica da volta de Santarém

Em dia de São Valentim, apenas seis elementos do pelotão rosa ousaram enfrentar o frio e a possível ira das respectivas caras-metade ao apresentarem-se à partida de mais uma etapa Ciclomoina. Graças a um grande sentido de responsabilidade e entreajuda foi possível vencer as adversidades meteorológicas e cumprir integralmente os 123 km estipulados.

Face ao reduzido número de participantes e ao vento Norte que se manifestava chegou-se a ponderar a alteração do trajecto e o consequente adiamento da volta programada, mas após uma consulta de opinião decidiu-se manter o acordado. A partida deu-se passavam aproximadamente dez minutos das oito horas com o termómetro digital local a marcar 1º C, o que levantou suspeitas sobre a veracidade da informação. Estava de facto frio mas custava a crer que estivesse assim tanto. O que é certo é que era suficientemente baixo para se reflectir no ritmo imposto logo nos primeiros metros, onde a palavra de ordem parecia ser aquecer.

Após a travessia da ponte Marechal Carmona o Zé manifestou a sua intenção em voltar para trás no Porto Alto e assumiu a dianteira do grupo conduzindo-o praticamente sem auxilio a 35km/h até à rotunda. Agradecemos a excelente boleia e continuámos em direcção a Almeirim.

Com um micropelotão de 5 elementos exposto a vento constante e moderado impunha-se uma gestão sábia do esforço para que a etapa fosse concluída a horas decentes. O Alexandre, na sua Slice, mostrou grande disponibilidade e terá feito a maioria dos quilómetros até Almeirim na cabeça do grupo, sendo a espaços rendido por mim e pelo Jorge. Na aproximação a Benfica do Ribatejo houve ainda a ajuda do Rafael e do Pedro que quiseram mostrar trabalho e partilhar as despesas.

A paragem para o café foi antecipada para Almeirim, uma vez que a escolha habitual implicaria, como sempre, “atacar” a descida para o Vale de Santarém logo no arranque, e com o frio que se fazia sentir, essa opção não se apresentava de todo convidativa. Traçámos o rumo para o “Café Império” desconhecendo que o mesmo encontrava-se encerrado. Tivemos, por isso que improvisar, e acabámos por parar num tal de “Flor de Almeirim”. Depois do suplemento de açúcar e, para a maioria, também de cafeína, custou (e de que maneira...) voltar a enfrentar o clima exterior e foi com algum desconforto que se fez a ligação a Santarém. Felizmente, na aproximação às Portal do Sol fomos brindados precisamente com os primeiros raios solares do dia. A subida para a cidade não teve grande história. O vento tinha imposto a sua lei na metade do percurso que por ali se completara e se dali até ao fim os gastos fossem semelhantes não restaria muito espaço de manobra. Por isso cada um adoptou um ritmo conveniente e concluiu a ascenção tranquilamente.

Do outro lado do Tejo parecia reinar outro Deus: luz solar directa, temperatura mais elevada e vento a favor fizeram maravilhas ao ânimo dos cinco resistentes. As irregularidades do terreno foram sendo ultrapassadas com relativa facilidade e assim que o grupo se apanhou no terreno menos exigente da Azambuja a velocidade subiu significativamente. Em destaque esteve mais uma vez o Alexandre, que proporcionou uma ligação a Vila Nova da Rainha a mais de 40 km/h e já perto do Carregado foi a vez de o Jorge demonstrar a boa forma que atravessa neste momento.

Depois do cruzamento com a N1 o vento voltou a fazer-se notar e o andamento ressentiu-se, sem que isso se traduzisse numa diminuição do esforço perceptível até à final oficial da etapa em Alverca. Na Póvoa houve direito à “jola” da praxe. O Pedro, infelizmente, não terá percebido a intenção e seguira directamente para Vialonga onde tinha o carro, sem que tivéssemos tido hipótese de o chamar.

No final a média horária rondava os 29 km, o que se pode considerar bom, tendo em conta os metros percorridos a “pisar ovos” à procura de um café aberto em Almeirim, o número reduzido de malu-erm... aventureiros que saíram hoje à rua de bicicleta e, principalmente, o “calor esquisito” que assolou a planície ribatejana.

5 comentários:

  1. BOAS PESSOAL

    ESTA VOLTA, FOI PARA MIM MUITO BOA, EMBORA À PARTIDA, COM APENAS 6 CORAJOSOS, PARA ENFRENTAR O TEMPO FRIO E VENTOSO E DEPOIS MAIS TARDE, PARA ENFRENTAR-MOS AS CARAS METADES, NESTE DOMINGO DE SÃO VALENTIM.
    DEPOIS DO PORTO ALTO, COM A SAIDA DO ZÉ, PASSAMOS A 5 E TENDO EM CONTA A QUILOMETRAGEM, POIS SÓ TREINEI NA 2ª FEIRA (30 MINUTOS ROLOS), TENTEI RESGUARDAR-ME E FUI SEMPRE QUE POSSIVEL, AJUDAR NA FRENTE.
    EM ALMEIRIM, COM A PARAGEM PARA CAFÉ (E QUE BEM QUE SOUBE UMA BEBIDA QUENTE) DEU PARA CONFRATENIZAR UM POUCO, POIS ISSO TAMBEM É MUITO IMPORTANTE E AJUDA SEM DÚVIDA A CRIAR LAÇOS DE AMIZADE ENTRE OS SEUS MEMBROS.
    DEPOIS DO CAFÉZINHO, A CAMINHO DE SANTARÉM, ATÉ CONSEGUIR AQUECER NOVAMENTE, DOEU E FARTEI-ME DE TREMER……….
    ROLAMOS SEMPRE EM GRUPO, E COM A PASSAGEM PELO CARTAXO, COMECEI A SENTIR UMAS PEQUENAS PICADAS NAS PERNAS, O QUE ME LEVOU A RESGUARDAR MAIS UM POUCO, PARA PODER CHEGAR SEM GRANDE EMPENO.
    JÁ EM ALVERCA, O ALEXANDRE CONVIDOU A MALTA PARA UMA BEBIDA, MAS COMO TINHA NA IDEIA FAZER 150 QUILOMETROS, NA ROTUNDA DA POVOA VIREI PARA VIALONGA, PARA FAZER UMA “PISCINA”…..
    AQUI, POR ERRO MEU, CRIEI A CONFUSÃO, POIS O RESTANTE GRUPO CONTINUOU PARA A BOMBA DA GALP E EU VIREI PARA VIALONGA, É QUE DEIXO O CARRO NA POVOA, JUNTO À HIPERPNEUS OU DA SEX SHOP…..
    NO FINAL, CONSEGUI FAZER OS QUILOMETROS A QUE ME PROPUS E COM ISSO SÓ CHEGUEI A CASA ÀS 14:00, PARA ENFRENTAR AS FERAS……
    NA TERÇA DE CARNAVAL, COMO PARECE UQE VAI ESTAR MAU TEMPO, LÁ VOU FAZER ROLOS…..
    OBRIGADO A TODOS
    ATÉ DOMINGO, SE O TEMPO O PERMITIR,
    CONTINUAÇÃO DE BOAS PEDALADAS
    UM ABRAÇO
    PEDRO FONSECA

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  2. Ora viva!

    Mais uma magnifica etapa dos Ciclomoina, desta vez em número reduzido. De facto estava uma manhã péssima em termos de temperatura mas penso ter sido o São Valentim a causar tamanha demanda, pois dias houve com temperaturas idênticas e acompanhados de chuva, em que a adesão foi maior.

    Mas em relação á etapa, inicialmente num grupo de 6 e antes dos 30 km já éramos só 5. Etapa essenciamente rolante, só com uma subida digna de nome que era a ascensão a Santarém.

    Quero felicitar todos pelo grande espirito de entreajuda e companheirismo, pois todos ajudaram á sua maneira passando pela frente do reduzido pelotão.

    Destaco o Alexandre e a sua espada voadora...que muito contribuiram para a boa média final.

    De referir que aquando do inicio tive algum receio que a etapa chegasse a bom porto, dadas as condições atmosféricas e o número reduzido de elementos...mas não só chegou a bom porto como teve um grande sucesso.

    Por último aquela mini preta no final e o dedo e meio de conversa...bem está a tornar-se um hábito...mas dos BONS.

    Até domingo e grande abraço

    Rafael Monteiro

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  3. Quero agradecer as que fizeram parte desda jornada de puro inferno.
    Um bom carnaval cheio de calor..
    Quero sublinhar aos novos elementos Rafael e ao
    Pedro que sao muito bem vindos

    Alexandre Silva.

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  4. Venho por este meio pedir desculpas a todos pela minha ausência na tirada de Santarém. Nem sempre se pode andar de bike, desta vez fiquei a brincar um pouco aos namorados.Parabéns aos resistentes deste puro e duro inverno.

    Boas pedaladas

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  5. Bom os novos camaradas Rafael e Pedro são 5 estrelas espero que venham a ser ciclomoinas, o grupo precisa de homens tesos como vocês, com respeito aos camaradas já existentes só tenho a agradecer os compassos de espera que fizeram nas lezírias, porque a máquina estava a falhar, mas tudo se compôs depois de um galão e uma barra energética. Quanto ao relato da volta está five stars. Um grande abraço para todos.

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