segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Alcoentre e o regresso à planicie

Depois de várias semanas de sobe e desce mais ou menos exigente a etapa de Domingo conduziu os Ciclomoina por terrenos mais rolantes até à conhecida mas pouco visitada região de Alcoentre. Mais uma vez deu para atestar a excelente forma de vários elementos do colectivo que não se fizeram rogados e contribuíram para uma manhã de ciclismo bastante animada.

A jornada começou com habitualmente: em passo descontraído, propício a pôr a conversa em dia. As primeiras movimentações surgiram, também como de costume, no empedrado vilafranquense com o Zé mais uma vez a fazer questão de encurtar o tempo da travessia da cidade, destacando-se consideravelmente do mini pelotão. A normalidade seria, no entanto, posta em causa quando um furo à entrada do Carregado forçou uma paragem de alguns minutos. O azarado foi um dos irmão Castro, o Joaquim, que foi vítima de um dos inúmeros buracos que continuam a decorar a nacional 10.

Daí até à Ota não houve grande história, excepção feita a algumas movimentações na passagem pela rotunda que antecede Cheganças onde mais uma vez houve quem se destacasse tendo depois de aguardar pelos restantes no topo da pequena rampa. Na passagem pela R-Bikes a colaboração e a entreajuda foram postas de lado (para mais tarde) e um pequeno grupo a assumiu a dianteira e a distanciou-se progressivamente. Alguns metros mais à frente apenas eu, o Pedro Fonseca, o Midas e o Zé seguimos na frente. Com a maior parte das despesas a cargo do Pedro foram surgindo algumas mudanças de ritmo bruscas a que fui conseguindo responder com algum custo. Partiu do mesmo Pedro um ataque que viria a dividir o quarteto, uma vez que apenas eu optei por responder, separando-nos do outro duo por cerca de 50 metros. Quando o Pedro começou a pagar pelo o esforço eu decidi não deixar cair o andamento e, um pouco para responder à provocação dos ataques anteriores, passei para a frente tentando concretizar uma fuga até à passagem do ponto mais alto da jornada, na zona da Espinheira. Atrás de mim seguiu alguém isolado durante alguns km, possivelmente o Pedro. O entendimento não pareceu muito bom, deixando-me com espaço para gerir a iniciativa com uma boa margem de segurança. Cerca de dois km antes de cortar à direita para Alcoentre esperei pelo trio que permitiu a minha integração (tréguas!). Até à paragem para café no interior da vila ainda rolamos a bom ritmo e com boa colaboração, com o Zé a impor-se na derradeira subida à entrada da povoação.

Depois de o grupo voltar a estar completo e uma vez tomado o café da praxe voltou a haver alguma serenidade no andamento. Mas foi Sol de pouca dura, pois uma vez ultrapassada a vila e já a rolar na estrada principal com vento favorável surgiu nova divisão que levou a mais uma neutralização em Aveiras de Cima. Mas mal os mais contidos no ritmo apareceram no campo de visão logo houve quem se distanciasse na frente, muito por incentivo do Nuno que parecia estar com vontade de carregar nos crenques. Eu decidi esperar, perdendo assim o contacto com os da frente, entre os quais o Luís "Midas", o Pedro Fonseca, Jorge, Nuno, Zé, Rafael. Só os voltaríamos a ver para lá do Carregado, onde aguardaram pacientemente. E enquanto eu segui na companhia dos Carlos da Póvoa, do duo Carboom e do Tomané a uns modestos 28 km/h parece que lá na frente descanso foi coisa que não houve, com ataques e contra-ataques a sucederem-se e a abrigar toda a gente a manter-se em sentido. Mas talvez os intervenientes queiram contribuir com informação adicional nos comentários. Estas circunstâncias acabaram por me favorecer significativamente na discussão do "sprint" de Vilafranca.

À passagem pela Castanheira surgiram os primeiros esticões. Um destes, protagonizado pelo Pedro, teve pronta resposta por parte do Nuno, se não me engano, a quem se segui o Midas cuja roda aproveito. Olhando para trás e notando a minha presença sorriu, como que a dizer "olha-me esta melga". Incentivei-o dar continuidade à iniciativa mas respondeu com um "já não tenho pernas" pelo que parti em perseguição do duo da frente, conseguindo a recolagem. Até à passagem na rotunda à entrada de Vilafranca outros acabariam por recolar, incluindo o Tomané e o Jorge. O Tomané lançou-se demasiado cedo, não exigindo uma resposta dos demais para ser alcançado algum tempo depois. Nessa altura, sendo o único na discussão a ter feito a maioria dos últimos quilómetros em regime de descanso activo, consegui ganhar um espaço considerável e passar isolado na placa.

No final houve "refrescos" n'O Forno', com tempo para definir o percurso da etapa de dia 8 que se prevê durinha. Pormenores para breve.

5 comentários:

  1. Olá seus MOINAS

    Mais uma jornada de boa disposição e alegria. Para a proxima vez tenho que usar mais a cabeça e não a força, antecipei-me cedo demais para o objectivo a que tinha em mente passar a tal dita placa.
    Pra semana não concegui arranjar nenhum almoço para evitar um grande sofrimento mas lá estarei para sofrer a valer.

    Bons treinos mas não abusem, depois podem pagar a factura.

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  2. Boas pessoal,

    Mais uma grande volta de Domingo, SEMPRE A TOP.

    No próximo Domingo devo ter que ir á praia, bem estou á espera do gráfico para me decidir

    Abraços a todos e treinem bastante.

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  3. Oi pessoal

    Como já é conhecido a proxima volta vai fazer moça mas Luis não estijas já a cortar pois vai doer a todos.
    Fica bem e até domingo.

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  4. Olá Moinas
    Muito boa volta a deste Domingo onde me senti bem, por isso foi sempre a por lenha para a máquina voar, tentei sempre puxar na frente paguei bem o esforço ainda nos topos da Espinheira, onde me valeu o grande Zé, que esperou por mim para depois a dois apanhar-mos o Nuno, o Luís e o Edgar e formar-mos 1 quinteto até ao cafezinho
    Depois do café e do novo aquecimento lá começou o Nuno a por mais lenha, onde seguimos agora um sexteto (o Nuno, o Rafael, o Luís, o Zé, o Jorge e Eu) sempre que pude lá ajudei à festa pelo menos até à Azambuja depois lá esperamos pelo pessoal no Carregado.
    Tornei a tentar (mal) quando o Tomané disparou para chegar a Vila Franca, apanhei a roda dele mas já tinha gasto a energia toda e já não consegui ir ao Sprint (o pensamento na altura foi tentar ir a 2 e discutir com o Tomané em Vila Franca mas as forças.......) acho que tenho que me guardar mais e disparar só na rotunda para disputar o Sprint.
    Agora só me junto ao pessoal no dia 22, vou de FÉRIAS para a Covilhã e levo a menina para tentar subir à serra da Estrela (onde nunca fui), pelo menos 2 vezes, 1 por Manteigas e outra pela Covilhã, vou fazer estágio em altitude quando vier......;)
    Boas pedaladas
    Um grande abraço a todos e a continuação de boa recuperação ao Gazela (está quase não?)
    Pedro Fonseca

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  5. Viva pessoal!

    Mais uma grande volta com os ingredientes essenciais: alegria, desportivismo e camaradagem.
    Antes da paragem do café fiquei num posto intermédio, nunca perdendo de vista o Jorge e atrás de mim vinham o Tomané, o Carlos e os 2 Carboms...No final da sucessão de topos fui alcançado pelo quarteto ao que o Carlos diz: "Pessoal temos de nos organizar para não sermos desclassficados..." e foi pôr pernas ao trabalho com o Tomané á cabeça depressa a máquina começou a rolar e alcançámos o Jorge a 10 m do café...:)

    Depois saimos que nem foguetes e no meio daquele sexteto já referido, cada um a pôr mais lenha na fogueira...ia respondendo a todos os ataques até que fui vitima do meu proprio arranque, perdendo o contacto com o grupo. Percorri mais de 12 km sozinho até que fui alcançado no Carregado por um dos manos Carbom e logo de seguida pelo restante pelotão...Mais 500 m e os fugitivos do dia aguardavam-nos á sombra (seus marotos)

    Depois foi a deslizar até ao final... ainda tenho de ver qual é a placa do sprint para um dia tentar a minha sorte. Mas não pode ser em força, tenho de tentar ganhar uns metros antes:)

    Abraço e bons treinos

    Estou desejoso de ler a próxima crónica.

    Rafael Monteiro

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