domingo, 5 de setembro de 2010

Duas Dezenas...

...o número de aficionados que se reuniram no primeiro Domingo de Setembro com um objectivo comum; o de completar os cerca de 130 km que compõem a popular etapa de Santarém. A forma como esse objectivo foi perseguido alterou-se claramente a partir do Vale de Santarém, com o fraccionamento do pelotão, pelotão esse que não mais voltaria a incluir toda a gente.

Se há coisa capaz de me fazer levantar da cama às 7 da matina depois de apenas 4 horas de sono é a promessa de uma boa manhã de ciclismo. Depois de um mini contra-relógio individual com o intuito de minimizar o atraso com que saí de casa fui agradavelmente surpreendido pelo elevado número de participantes. Para tamanha adesão terá não só contribuído o fim do período de férias de muitos mas também, arrisco dizer, um recente aumento na popularidade das etapas Ciclomoina.

O aquecimento terminaria, como tem sendo habitual, em Vila Franca mas desta vez a coincidir com a passagem do pelotão laranja "Núcleo Bike", da Arruda que surgiu de trás com velocidade respeitável. O tão mal amado empedrado forçaria, para não variar, diferenças de velocidade entre os ciclistas, obrigando a um compasso de espera na passagem pela ponte Marechal Carmona. O andamento normal foi, no entanto, reatado sem que o grupo estivesse completo. Aparentemente houve quem escolhesse um passo particularmente modesto para ultrapassar o piso irregular da cidade e, juntamente com os que deles estiveram à espera, só viriam a reintegrar o pelotão quando este já ia lançado em plena recta do cabo. Quem percebe bem mais do que eu desta coisa de andar de bicicleta ensinou-me que o empedrado deve ser transposto rapidamente, usando uma mudança "pesada" e, de preferência, sentado, para minimizar o efeito da trepidação nos músculos das pernas. Fica aqui o conselho.

Apesar de algumas trocas menos conseguidas na dianteira o grupo manteve-se relativamente compacto ao longo da monótona recta e na passagem por Samora Correia ganharia mais um elemento,ao ser alcançado pelo Pedro Fonseca, que não terá chegado ao local de concentração a tempo de evitar ter de fazer um contra-relógio individual de 25 km. Não obstante, poucos minutos depois já ele estava na dianteira a "meter passo". Igualmente activos na partilha da despesa tiveram muitos outros (de onde se destaca o Carlos, da Póvoa, em boa forma e sempre disposto a dar o "corpo ao manifesto") mas não todos. Verdade seja dita, os que mais trabalharam até então também não estavam numa de partilhar o vento com os restantes como ficou patente, por exemplo, com o "puxão de orelhas" de que fui alvo quando por parte do Carlos, depois de passar pela frente, tentei reposicionar-me a meio do grupo em vez de descair até à retaguarda.

Com algum cuidado lá se foi conseguindo evitar que a velocidade ultrapassasse os 35 km/h de modo a poupar energias, o que implicou que, de tempo a tempos, se tivesse de deixar o António partir sozinho na frente, ele que parece não ser talhado para andamentos mais... comunitários.

Na aproximação a Santarém, quando se passava sobre o Tejo em bom ritmo, o homem que conduzia o pelotão (e na roda do qual eu seguia) foi forçado a parar depois de um dos muitos buracos to tabuleiro da ponte ter inutilizado a câmara de ar do pneu de trás. Este episódio teve duas consequências importantes: fez com que a subida, estando mesmo ali mesmo ao pé, tivesse sido feita um pouco a "seco" e, como o restabelecimento da marcha se processou a conta-gotas, com que vários grupos iniciaram a subida com distâncias consideráveis entre eles. Aproveitei a boleia do Tomané ao longo de mais de metade da subida para depois continuar no encalço dum trio que incluía o Nuno e que segui na frente, conseguindo chegar ao topo escassos segundos depois deste, com o António na minha roda.

Depois da pausa do café o grupo continuou compacto, mas apenas até à saída do Vale de Santarém. Depois de ter partilhado a dianteira com o Pedro de Alverca quase até ao fim da subida fui forçado a abdicar a poucos metros do topo quando o ritmo por ele imposto aumentou significativamente. Optei depois por aguardar pelos restantes com o intuito de tentar reagrupar o pelotão. A determinada altura, no entanto, deixou de haver por parte de alguns a preocupação de aguardar o que, sem querer fazer juízos de valor, parece traduzir-se por "obrigado-pela-boleia-mas-acho-que-consigo-fazer-o-que-falta-mais-depressa-do-que-os-que-estão-mais-desgastados".

A história que fica é, por isso, a dos que souberam esperar, dos que fizeram por encontrar um ritmo que servisse aos outros e não apenas a si próprio. Entre estes estiveram, como seria de esperar, todos os representantes do núcleo duro Ciclomoina. "Aqui não se abandona ninguém" - como referiu a determinada altura o Carlos. E, mesmo a um ritmo mais modesto deu para desfrutar do resto da etapa, deu para passar na Azambuja a 40 km/h e até deu para "brincar" em Vila Franca com um sprint, lançado com a colaboração de várias pessoas, como o Nuno, o Pedro de Alverca e o "chaval da Berg". Deu, também, para chegar a Alverca com 32 km/h de média.

No próximo Domingo há Clássica Alverca-Reguengos, que contará com a participação de alguns Ciclomoina. Sugere-se que os restantes se encontrem às 8:00 no local habitual para uma volta livre, isto é, com percurso a decidir na altura pelos participantes.

11 comentários:

  1. Boa tarde a todos,

    Esta volta foi complicada para mim, não sei o que se passou, talvez as mudanças bruscas de andamento que se verificaram, a partir do Vale se Santarem tive que meter o meu ritmo senão....
    Tenho a agradecer a ajuda do Carlos, que na zona do Cartaxo esteve comigo nesta altura estava a passar por dificuldades com a perna a prender, depois recuperei no entanto fui sempre na roda até Alverca.

    Abraços a todos.

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  2. Boas a todos

    Mais uma etapa com muita alegria e animação, a cada domingo que passa se vai notando um maior aumento de participantes que nos têm acompanhado. Desde já aqui fica o meu muito obrigado a todos eles.

    Uma volta muito boa e com kms, velocidade e um bom trabalho de todos na passagem pela frente, devido ao vento que se fez sentir.

    Para mim tudo correu bem, excepto no regresso, porque existe ainda alguns elementos que não sabem o que é andar no grupo CICLOMOINA.

    Na altura em que os kms já são alguns e todos se vão ajudando para chegar ao final da volta com o plutão compacto, alguns elementos decidem meter passo e adeus até uma próxima, sem nunca pensar se seria necessário ajudar alguém com maior dificuldade.
    Já não é a primeira vez que esta situação se verifica, por isso peço aos intervenientes que reflitam um pouco sobre o assunto.

    Bons treinos.

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  3. Luís;
    Acontece aos melhores. Acho que te expuseste mais do que o desejável e, certamente, mais do que te cabia por "obrigação" na primeira metade e acabaste por pagar isso na vinda. De qq forma chegaste relativamente bem (para um empenado :) )

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  4. Francisco Pereira06/09/2010, 20:40:00

    Antes do comentário sobre esta volta, quero uma vez mais agradecer a forma como até então tenho sido recebido pelos Moinas. Um muito obrigado a todos. Sobre esta volta e pelo facto de fazer parte dos cinco que a partir do Vale de Santarém ficaram isolados na frente, quero que percebam que, jamais foi minha intenção e julgo que dos restantes elementos também, deixar fosse quem fosse para trás, só que um dos elementos foi para a frente com vontade de puxar e o entusiasmo fez o resto.
    Percebo perfeitamente que tal não seja bem visto pelos elementos que foram ficando mais para trás.
    Uma vez que o mal já esta feito, resta-me pedir desculpas e esperar que as mesmas sejam aceites.
    Boas pedaladas e até breve.

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  5. Olá Francisco

    Desculpas aceites.
    Mas para quem vem mal fica sempre pior ao ver os outros a irem embora e ficarem sem qualquer ajuda.
    Mas podes sempre aparecer, serás muito bemvindo.

    Boas até próxima

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  6. BOAS A TODOS:a volta foi o que eu estava a espera uo seja sofrer bastante para chegar á póvoa,podia agradecer o apoio que me deram mas não e preciso porque o obejectivo dos ciclomoinas é só um partem 20 de alverca chegam 20 alverca:desejo uma boa volta a quem vai a reguengos,com muita pena minha não estou em condições para ir.CUMPRIMENTOS ZÉ MOINA.

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  7. Meus amigos do pouco que sei de ciclismo, uma coisa é certa e variadas vezes falada, quando o andamento é vivo e há a existência de vento, os voluntariosos terão que ter presente que ele não mata mas moi, a regra de ouro é passar pela frente o menos tempo possível, por exemplo 300 a 500 metros e sair, não será para contentar os presentes mas serve de estímulo que os Pinas não conseguiram média superior aos 33 e pouco. Com respeito aos camaradas que ficaram para trás, não vale a pena criar grandes seleumas, porque o próprio grupo da frente esteve à espera da recolagem, que infelizmente não se verificou. Um abraço aos ciclomoinas. Aos restantes camaradas aparecidos no passado Domingo um abraço a agradecimentos pela companhia.

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  8. chaval da berg06/09/2010, 23:32:00

    ora boas noites a todos,a parte do empedrado pa mim e tramado,a minha bergzinha nao s aguenta a bomboca em vfx,tou pa ver o dia em k ela s desmonta toda nakele empedrado,dai as minhas desculpas...
    e certo k tenho muito aprender sobre ciclismo,ando a sensivelmente 3 4 meses,e agradeço a todos akeles k m teem aconselhado cm dicas preciosas...
    e pa finalizar,tem sido optimo participar nas vossas etapas e espero participar em mais...
    um abraço a todos,e boa sorte para o domingo...

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  9. Caro Francisco,

    Temo que o meu relato tenha acabado por ficar com um tom demasiado acusador, talvez devesse ter mantido uma postura mais imparcial. Eu compreendo a opção de continuar na frente, por vezes o corpo pede é carga, havendo até situações em que se torna desconfortável ir devagar.
    O núcleo da equipa é extremamente coeso e não deve servir de bitola para julgar os outros, isto é, não podemos exigir dos elementos mais recentes o mesmo tipo de solidariedade que existe entre os que estão na equipa há mais tempo. O que podemos e tentamos é preservar esse espírito no seio da equipa e desta forma "contagiar" os que dela pretendam vir a fazer parte.
    Um abraço.

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  10. Bom dia,
    Gostava de agradecer aos Ciclomoinas o acolhimento, e pedir desculpas pela falta de colaboração na frente do pelotão, mas até ganhar "pedal", se vou para a frente páro!
    A prova disso é que no passado Domingo mal fui para a frente furei logo. Obrigado por esperarem, e fica aqui a promessa: assim que me sinta capaz, podem contar comigo para puxar.
    Abraços,
    Luis Rodrigues

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  11. Boa tarde pessoal:
    Tenho muita pena do nosso amigo ZÈ nao ir não só pelo seu contributo como pela cameradagem (os empenos fazem parte disto senão não tinha graça) as melhoras ao nosso amigo Gaza.
    PS: vou deixar de vir a este blog reclamos ao benfica nem pensar Edgar vé la se resolves isto.

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