domingo, 7 de março de 2010

Alverca-Coruche-Alverca: um relato

Neste Domingo os Ciclomoina cumpriram uma etapa particularmente veloz, tendo em conta o estado do tempo e o número de participantes, com uma média final a rondar os 32 km/h.

Não foi preciso percorrer muitos metros para que o ritmo estabilizasse logo nos 30km/h por “culpa” do Luís e do Alexandre que lideraram um mini pelotão de dez até Vila Franca. Depois de uma passagem cautelosa pelo empedrado da cidade e da transposição da ponte Marechal Carmona passou-se a circular em fila única, a 35 km/h sob a batuta certa do Zé.  Perto da estalagem do gado bravo foi a vez do nosso enfermeiro Rafael assumir as despesas da condução. Fê-lo sem nunca deixar cair a velocidade e até ser rendido pelo Alex na aproximação ao Porto Alto.

Já na vila, o Tomané queixa-se de dores nas costas, consequência de uma lesão contraída no decorrer dos seus compromissos laborais, e anuncia a intenção de encurtar a volta e regressar à “base”. O Nuno, com a solidariedade que se lhe reconhece, oferece-se para o acompanhar. Ambos seguem o grupo por mais umas centenas de metros mas a uma velocidade mais modesta que o restante pelotão, que assim se encontrou reduzido a 8 elementos à entrada de Samora Correia.

Até Salvaterra não houve grandes incidências. Houve sim a preocupação em partilhar as despesas da condução, com muita gente a mostrar pronta disponibilidade para passar pela frente, ao ponto de eu próprio só ter tido oportunidade de “dar o peito ao vento” já perto da entrada da vila. Até lá aproveitei para ir “remendando” pequenos espaços que iam surgindo com o intuito de evitar rupturas mais graves no grupo.

Após a viragem à direita e já com as rodas a apontar para Coruche a harmonia no grupo mantinha-se mas a certa altura, e depois de o Rafael fazer uns bons quilómetros na frente, surgiram as primeiras escaramuças que, de resto, só viriam a cessar com o rio Sorraia à vista e com o Alexandre a “cortar a fita” na placa que anuncia a Vila.


Na paragem para o café a média horária fixava-se nos 31,8, valor que deveria decrescer no decorrer do restante percurso caso o vento soprasse com o sentido habitual. Na ligação à rotunda do Infantado o re-aquecimento ficou a cargo do Luís e do Pierre, mais tarde rendidos pelo Alexandre e depois por mim. Na primeira subida após a travessia da ponte que, de resto, constitui a principal dificuldade do trajecto, as pernas começaram a dar sinal de desgaste. Antes do topo e já para lá da red line, o Zé ultrapassou, ofereceu a roda  e refreou o andamento, permitiu que voltasse a um regime cardíaco mais amigável. 

Após o cruzamento do infantado fomos brindados com excelentes condições climatéricas. O sol brilhava finalmente sem a obstrução das nuvens, o ar era mais “leve”,e a imobilidade da vegetação circundante denunciava a ausência de vento. Não tardou muito para que a velocidade subisse. Destaque para uma passagem do Zé pela frente, a elevar e manter o andamento nos 40 km/h ao longo de uma apreciável distância. Por esta altura surgiam os sinais mais  evidentes de cansaço nos menos “rodados”, o que mais uma vez coincidiu com a altura em que o Jorge decidia mostrar que essa coisa da endurance é essencialmente um sinónimo de experiência. Juntamente com o Alexandre, que atravessa o melhor momento de forma dos últimos tempos, assumi a cabeça do grupo e aí permanecemos até escassos metros da ponte de Vila Franca, onde um corte temporário do trânsito em ambos os sentidos (ao que parece por estarem a decorrer filmagens para a televisão) obrigou a uma paragem.  Acabamos por ter de esperar cerca de 10 minutos (os últimos dos quais sob um coro de buzinadelas de automobilistas impacientes) e, talvez embriagados pelas substâncias que o organismo produz durante a actividade física, completamente eufóricos a  rir da conversa que entretanto se ia improvisando.


A travessia do Tejo foi feita em conjunto com outros ciclistas, que aguardaram igualmente a reabertura da circulação uns metros mais à frente, com o Zé e o Alexandre a destacarem-se. no alto da ponte. Até Alverca o andamento não foi menos amistoso, e envolveu sucessivas ultrapassagens a diversos ciclistas que connosco partilhavam a N10. Pausa no local da "meta" em Alverca, para permitir reagrupamento, e nova partida rumo à Póvoa para a prometida mini preta, onde todos os resistentes do dia pareceram chegar igualmente “justos”, prova de que cada contribuiu de acordo com as suas possibilidades. E mais não se pode exigir.

Para a semana vamos para os lados da Ericeira. Pormenores para breve.

11 comentários:

  1. Boa tarde pessoal.
    Hoje comecei os meus treinos que tem andado esquecidos (1h30) debaixo de chuva torrencial mas soube espetacular a agua tava quentinha .
    Espero no fim de semana ja estar melhor .
    Bons treinos malucos.
    NUNO

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  2. Amigos isto está mais que ok, agora segue-se com reportagem fotografica e tudo, amigo Felizardo vamos ver se temos sorte no Sábado para irmos à senhora da neves. Faz convite no blog. Abraços.

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  3. Mais uma vez lá foi concretizada uma volta em GRANDE. Aqui fica as minhas desculpas por não conseguir acompanhar o grupo, devido a alguns problemas físicos (ossos do oficio). Na próxima semana espero já estar recuperado totalmente, até porque é necessário preparar a clássica de Évora para tentar acompanhar aqueles TUBARÕES.
    Até mais e bons treinos

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  4. Boa noite Moinas
    Mais uma volta que deixou marcas nas minhas pernas, devido á minha ausência das ultimas voltas, a factura foi pesada, só eu é que sei..
    Espero estar melhor para o próximo fim de semana
    Sobre o blog, parabéns Edgar, pelas crónicas e reportagem fotográfica
    Tó Mane as tuas melhoras das costas…
    Um abraço
    Gaza

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  5. Este comentário foi removido pelo autor.

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  6. Ora viva!
    Mais uma excelente etapa desta vez protegida pelo S. Pedro.

    Pelotão bem composto que rapidamente entrou em velocidade de cruzeiro...pessoalmente senti-me bem e com á vontade na frente fazendo por manter a excelente média. Tinha a perfeita noção que iria pagar a factura nas abordagens aos topos e assim foi na chegada a Coruche.

    Na segunda parte do percurso mantiveram-se pequenas dificuldades para acompanhar os da frente, assim que o alcatrão teimava em subir...no restante percurso continuo até á aproximação a Vila Franca rolava-se acima da média final e ia bastante confortável na roda do Edgar e do Alexandre...

    O ponto negativo da volta, sem ser a paragem forçada á entrada de Vila Franca (a cena das filmagens) foi sem dúvida a falta de tremoços a acompanhar a mini preta...

    Para a semana não vou estar, é dia de visitar os progenitores no Alentejo mas tenho já pensados 2 treinos para sábado e domingo. Esta sexta também vou andar de manhã por cá...talvez até á Arruda.


    Grande abraço

    Rafael Monteiro

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  7. Realmente a dos tremoços foi uma grande falha. Temos de tomar as devidas medidas para que o incidente não se repita :)

    Tomané, ainda estamos à espera que nos venhas arrastar pelo alcatrão :P As melhoras.

    Abraço e bons treinos

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  8. Meus caros
    Acabei de esprementar uma coisa nova. por isso preparem se meus amigos que vai doer as perninhas ainda mais.

    Abraços Alexandre .

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  9. Um ponto esquecido:
    Mais uma etapa sem quedas ou furos...

    As melhoras para o Tomané e rápida recuperação de forma para o Nuno.

    Abraço

    Rafael Monteiro

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  10. Alex, espero bem que essas experiências sejam com equipamento e não com "suplementos". Olha que se começas a andar mais do que já estás a andar peço ao CNAD para te fazer umas análises...

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  11. E tens razao é um canhão novo.
    Que anda nas horas.


    Alexandre

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