domingo, 14 de março de 2010

Ribamar: a volta do oito

As sugestões do Luís (focus) para a volta foram facilmente transcritas para o papel. A ideia era partir em direcção à Ericeira, seguindo depois para Norte para Ribamar e tentar improvisar uma ligação a Vila Franca do Rosário. O percurso seria, portanto, conhecido na sua grande maioria à excepção da referida ligação. Talefe, Quintas, Encarnação, Sobral da Abelheira eram, para a grande maioria dos participantes, apenas nomes num mapa e embora a altimetria do respectivo troço evidenciasse terreno acidentado este constituía menos de 20% do total. Que mal poderia fazer? Aparentemente bastante.

Poucos minutos depois da hora cerca de 15 elementos rumaram ao primeiro petisco do dia: o Cabeço da Rosa. Entre as presenças menos assíduas dos últimos tempos saúdam-se os regressos do Rui Rato e do Carlos Ferreira e ainda as estreias do sr. Norberto (da Póvoa) e de um jovem de Santa Iria que envergava uma jersey do Benfica, cujo o nome não cheguei a perguntar. O ritmo foi, como se exigia, moderado na grande maioria da conhecida subida mas acabou por aumentar inevitavelmente nos últimos metros muito por culpa do Zé que decidiu logo ali testar as pernas e acelerar levando com ele um pequeno grupo onde me incluía mais o Alexandre, o Gazela e, penso, o Nuno, que parece estar completamente recuperado da lesão recente. Na ligação Bucelas-Vale de são Gião o haver ritmo acima do recomendável graças principalmente ao Nuno que acabou por inadvertidamente causar a primeira baixa do dia: O Rato dava mostras de não estar ainda ao nível que desejaria e resolve voltar para trás.

À entrada da Venda do Pinheiro fez-se um compasso de espera para que o "dorminhoco" do dia e principal arquitecto da volta integrasse o pelotão que voltava assim a contar com o mesmo número de elementos com que partira de Alverca. Em Mafra conduzi o pelotão pela circular interior (o que na altura me ocorreu como tendo sido um engano face ao planeado mas que afinal corresponde ao traçado publicado no blog) em direcção ao Sobreiro, onde voltámos a encontrar terreno familiar. Até à Ericeira rolou-se descontraidamente, em pelotão compacto e sem incidências.

Depois de uma curta pausa para café no sítio habitual partiu-se em direcção a Norte para admiração de alguns dos presentes que, não tendo ligado aos pormenores da volta contavam, com um regresso pelo mesmo lado. Daí para a frente era terreno desconhecido para a grande maioria. Felizmente contava-se com a presença do Carlos (do Barro) que conhecia a zona e revelou-se uma preciosa ajuda na condução do pelotão. Até ao cruzamento de Talefe transposseram-se as dificuldades com relativa calma, embora parte do grupo tenha naturalmente ganho alguma vantagem nos primeiros km. Passámos então a estar expostos a vento frontal que aliado a um constante "carrossel" impossibilitou o estabelecimento de um ritmo certo. De facto, só foi possível marcar algum ritmo nas subidas mais longas: Encarnação e Picanceira, onde se destacaram pelas suas prestações, o Zé e o Norberto a impor a sua lei perante alguns ataques inconsequentes do benfiquista de serviço. De referir que a subida da Picanceira não estava prevista no trajecto original. O plano era cortar à direita antes da subida e seguir por Casal do Mosqueiro. No entanto só me apercebi desse facto já em casa quando revi o percurso da volta. É o que dá esquecer-me do mapa em casa... A diferença de exigência não seria muita se a referida subida não implicasse a transposição de outra também complicada, a de Sobral da Abelheira, que acabou por causar mossa principalmente ao Tomané, que começava por esta altura a mostrar sinais de algum cansaço, e potenciou o fraccionamento do pelotão em dois grupos: um que decidiu acompanhar o Tomané e outro que segui num andamento mais natural e que só viria a parar e aguardar na rotunda que dá acesso à A21. Desta forma desconheço como os da frente terão abordado a subida de Vila Franca do Rosário.

Na Venda do Pinheiro houve quem preferisse descer em direcção a Bucelas. Cerca de cinco continuam para Loures com o objectivo de cumprir o final da volta acordada. Até guerreiros gastaram-se os últimos cartuchos e imprimiram-se velocidades respeitáveis com alguma competitividade saudável à mistura. Já na descida para o Pinheiro de Loures fomos ultrapassados pelo Norberto e pelo António, que julgava terem seguido para Bucelas. "Então, já acabou?" perguntou um enquanto nos transpunham a elevada velocidade. Não os voltaríamos a ver. Até ao final rolou-se tranquilamente e fez-se um primeiro rescaldo da volta. Dura, muito dura. Provavelmente mais do que o aconselhável tendo em conta o desafio da próxima semana, e muito por culpa da tal porção de terreno desconhecido. É sempre um risco que se corre quando se tenta introduzir alguma novidade. Pela minha parte acho que valeu a pena a experiência.

Nasceu, assim, a "Volta do oito", não apenas pela forma que desenha no mapa mas, e principalmente, pelo estado em que deixou as pernas da maioria dos aventureiros de hoje. 118 km, 42 dos quais a subir, 1884 metros de acumulado vertical e inclinações máximas a rondas os 11%.

7 comentários:

  1. Viva!
    Parabéns pela etapa...parece-me dura e desgastante, o que é bom. Não pude participar mas aproveitei para andar, sexta (com o Nuno), sábado e domingo no alentejo.

    Agora a minha dúvida:

    Dado que pelo menos 3 elementos (alexandre, jorge e Edgar) irão participar no próximo domingo na clãssica a Évora do Pina...

    Continuará a haver etapa dos ciclomoina no domingo? E qual é a volta? Está alguma prevista? Falaram nisso no domingo passado...

    Obrigado e até ao próximo domingo.

    Abraço

    Nuno:
    Quinta-feira talvez tenha tempo para andar e manhã...depois digo alguma coisa

    Rafael Monteiro

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  2. Olá Rafael.

    Até amanhã o Tomané vai deixar no blog uma sugestão de uma volta para os que não vão a Évora. Os que comparecerem podem, claro está, optar por outro percurso se assim o entenderem.

    Abraço.

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  3. Meus amiguinhos
    A escolha da volta foi muito má escolhida divido ao pessoal nao se encontrar em condiçoes fisicas.
    Gostava que tivessem mais cuidado ao escolher
    as mesmas.
    E aproveito tambem para acrecentar que ao sabado é muito bonito fazer km, e no domingo ?
    Devem ter em consideraçao que no domingo é muito mau ter que andar a parar sempre que ha um aperto .
    Agora façam como endenter
    Ha e tambem aproveito que esta a chegar o sol e todos querem andar de bike mas nao se esquecam que hove pessoal que ainda nao parou
    um fim de semana faça a chuva e ao frio
    Aproveitam e façam uns treininhos antes
    abraços
    Alexandre Silva

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  4. Amigos gostei da volta de Domingo, podemos repetir, quanto a situação de Domingo próximo, eu gostaria que a partida dos ciclomoinas fosse de Loures, não vejo razão para que tal não suceda, com respeito aos campeões do nosso grupo, eu sou da opinião quem pode andar que ande!, a volta não é dos ciclomoinas mas sim apoiada pela Federação, de qualquer modo ressalvo que não há necessidade de irmos todos ao abandono portanto se o andamento for muito forte e que haja quebras no pelotão, poderemos organizarmo-nos para tirar melhor partido dos andamentos, fica aqui uma opinião para quem queira seguir, aguardo sugestões. Aquele abraço
    Jorge

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  5. Olá a todos

    Seus grandes SACANAS queriam dar cabo de mim. Na clássica de Évora como é um terreno a meu favor vou tentar estar a minha altura, a 100%. Obrigado a todos aqueles que me acompanharam naquele carrocel deste fim de semana.

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  6. Boa tarde pessoal.
    Amigo EDGAR acho que esta volta e das melhores que temos nao conhecia o caminho e uma volta para repetir muito mas mesmo muito boa.

    Domingo vou andar as 8 horas estou em alverca .

    Rafael esta semana para mim nao da nao tenho folga bons treinos ate domingo.

    Pessoal que vai a evora boa volta.

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  7. Olá Moinas
    Sobre a volta de Domingo, gostei do percurso e da paisagem, penso que quando a repetirmos deveríamos sair um pouco mais cedo.
    No Domingo não estarei presente, boa volta para o pessoal que vai a Évora ,e para os que por cá ficarem.
    Um abraço
    Gazela

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