domingo, 28 de março de 2010

Rescaldo da etapa de Montejunto

Ele bem que avisou que tentaria uma fuga antes da principal dificuldade do dia. A cerca de 500 metros do início da subida para Montejunto o Alexandre na sua nova Lapierre X-lite II destacou-se de um pelotão passivo e fez toda a subida sozinho chegando isolado ao topo. Mas os contornos da volta começaram a desenhar-se cerca de hora e meia antes aquando da saída de Alverca.
Por volta das oito e cinco já o pelotão que haveria de enfrentar a etapa estava reunido. Entre as ausências registam-se as do Tomané, Luis (Focus), Rui Rato e Rafael, que participou no passado fim de semana na meia-maratona de Lisboa e fez depender a sua decisão de comparecer ou não do resultado de um teste que mede concentrações de gases no sangue. Coisas de enfermeiro... :P

Adiou-se a partida até às 8:15 na expectativa de poder adicionar mais alguém ao lote. Nicles - picles. Em ritmo moderado, como mandam as regras, percorreram-se os primeiros quilómetros. Seria preciso esperar pela aproximação ao Carregado para alguém acender o primeiro rastilho do dia. Terá sido o Nuno, um dos que na véspera se aventurara na edição semanal das "Maratonas do Freitas" (1730 metros de acumulado vertical) o primeiro a acusar a monotonia e a passar para a frente e aumentar a velocidade. Pouco depois o Zé achou que se era para mexer então que fosse para um registo de jeito e o andamento voltou a subir. O Alexandre aproveitou a deixa e deu sequência à iniciativa sem nunca deixar o ritmo retornar à calma que imperara no inicio da etapa. Para tal terá contribuído também a integração temporária de um outsider equipado com as cores da selecção e com uma Canyon branca que parecia ter em mente outras velocidades. Ainda assim teve o cuidado de adequar o seu andamento ao do grupo e seguir integrado até Alenquer, onde o Carlos da Póvoa justificou ao nosso amigo de ocasião a velocidade relativamente "contida" do grupo com o objectivo do dia. Este aparentemente tinha outros planos e terá seguido por outro caminho pouco depois.

Passei pela frente do grupo na aproximação ao Cotovelo, zona propicia à imposição de andamentos pesados e constantes e onde me sinto particularmente à vontade. Juntamente com o Alexandre conduzi o grupo até à Ventosa. Aqui decidiu-se "levantar o pé" de modo a garantir a integridade do pelotão. Ainda assim, e no meio de conversa animada, um pequeno grupo acabou por se destacar naturalmente na frente. Os danos foram, no entanto, reparados assim que na dianteira se percebeu que faltava por ali gente e passou a rolar-se descontraidamente até a "Brasileira" concretizar as ameaças. Em Vila Verde dos Francos o fugitivo do dia aproveita a descida para ganhar cerca de 30 segundos ao resto do grupo. No início da subida o Zé e o Gazela demostraram ser os mais inconformados com o a situação e assumiram a perseguição. Eu depois da volta da véspera também não estava em condições para grandes aventuras e fiquei um pouco mais atrás com o Jorge e com o Carlos. O António e o Pedro seguiram em posição intermédia. Mantive-me com os dois quinquagenários até à zona do quartel, altura em que alcançámos o Pedro. Na tentativa de evitar uma sessão de "musculação" durante o último e mais exigente quilómetro da subida a 39/25, forcei uma cadência conforme e acabei por me distanciar inadvertidamente do trio.

Lá em cima os mais aplicados aguardavam numa clima de boa disposição. O Zé questionava a validade da "conquista" do Alexandre argumentando que para "competir" era preciso definir regras à partida e não a meio da volta. Aparentemente chegou juntamente com o Gazela ao topo com uma desvantagem igual à que o fugitivo consegui impor ao pelotão antes da subida. O "rei da montanha", por seu lado, afirmara momentos antes que teria esperado cerca de 3 minutos pelos povoenses. A verdade estará algures a meio das duas afirmações...



No regresso à zona do quartel "apanhou-se" o Nuno que optara por não fazer a totalidade da subida e desceu-se a vertiginosa vertente da Abrigada, nome da localidade mais uma vez  eleita para a tradicional  tradicional pausa do café. O andamento foi reatado descontraidamente mas na passagem pela R-Bikes na Ota o Marco resolve deixar cair a marreta e colocar toda a gente em sentido. Viria a repetir a "gracinha" um pouco mais à frente na aproximação a Alenquer, pouco depois de uma inciativa semelhante por parte do Luís. Sucederam-se mais alguns safanões com consequências mais ou menos dramáticas para a integridade do pelotão. As escaramuças só cessaram depois do Carregado, muito por mérito do António que , tomando a dianteira do grupo o conduziu em crescendo até à entrada de Vila Franca. Soaram sinais de alarme a denunciar dificuldades de alguns em acompanhar o comboio, o que o levou a "cortar na dose" com o intuito de aguardar. Eu, no entanto, tinha a intenção de lançar o sprint à placa da cidade e pensei que poder-se-ia adiar por um pouco a neutralização. Decidido a cingir-me ao plano passei para a frente e imprimi velocidade levando na minha roda o Alexandre, na roda do qual seguiu o António. Na rotunda fui obrigado a refrear um pouco devido à presença de dois automóveis. Acelerei um pouco antes de abrir para o Alexandre mais à frente mas acabei por fazê-lo cedo de mais e de deixar demasiado espaço para ele percorrer sozinho. Ainda assim correspondeu na medida do possível, sempre seguido pelo o António que apesar de parecer seguir sem dificuldades na roda e com capacidade para o líder terá optado por não o fazer.

Antes do final oficial da volta houve mais uma paragem para a cerveja em Alhandra. O "Conselho" reuniu e acordou a seguinte agenda para os próximos dias de ciclismo:

I) Sexta-feira vamos fazer uma volta curta para os lados da Arruda. Encontro às 8:00 no café do costume em Vialonga;

II) Sábado vamos, em principio, colocar-nos mais uma vez à mercê do Freitas. Informações adicionais assim que possível;

III) Domingo vamos ao Infantado. Pormenores para breve.

Portem-se.


10 comentários:

  1. Bom dia Moinas
    Mais uma subida a Montejunto bem animada
    Sobre o homem da fuga (Alex ), já está avisado que para a próxima não ira ter a mesma sorte :), a marcação será serrada por parte de vários elementos.
    Sobre a crónica, gostaria de deixar um pequeno detalhe,o Marco também esteve presente na perseguição ao homem da fuga, não deixando baixar o ritmo enquanto pode, descolando de mim e do Zé um pouco antes da ultima subida.
    Alex acho que essa bicicleta ainda não é a tua cara, falta o nº 46.


    Nota: Sobre a volta que falamos,para juntar todos o grupo, equipe Pró;A e B ,podíamos sugerir datas para chegar a um consenso

    Um grande abraço a todos e até sexta-feira

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  2. Boas,

    Em relação á volta deste Domingo, posso dizer que foi um espectaculo, nunca tinha subido Montejunto e gostei imenso, para repetir de certeza.

    Pode ser impressão minha mas a subida pelo lado da Abrigada parece ser mais dura.

    Um grande abraço a todos.

    Luis Lopes

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  3. boas boinas,mais uma excelente volta de domingo com uma boa subida por parte de todos claro que cada um foi ao seu ritmo.que é o espirito da equipa:mas eu pergunto?qando formos novamente a montejunto é para continuar assim ou é para competir.alex avisa.desejo-vos a todos uma santa e feliz páscoa.zé

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  4. Boa tarde pessoal.
    A volta por minha parte teve de ser muito contida por pena minha mas a volta de sábado deixou moça mais uma grande aventura do granda maluco do nosso amigo FREITAS 125 KM com subida a montejunto ereira e outra que acho (perna de pau) que e terrivel e cabeço da rosa para final com(26,5de media) quando cheguei a casa .
    Amigo EDGAR acho que e uma volta para guardares para a gente fazer ao domingo .
    Bons treinos a todos e até sexta.

    NUNO SILVA

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  5. Boas pessoal

    Mas que boa volta esta, eu que já não subia ao alto de Montejunto vai para 8 anos, sofri a bom sofrer, mas tem de ser assim, certo?

    Muito boa camaradagem e é sem duvida isso que me faz estar presente a cada volta e com mais vontade de não faltar a cada Domingo que passa, muito bons companheiros de asfalto.

    Até sexta, continuação de boas pedaladas

    Pedro Fonseca

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  6. Meus caros amigos
    A subida foi uma bricadeira que eu ja tinha avisado uns dias antes no Biog.
    Nao foi para ofender ninguem.
    Agora de uma coisa seria,nao volto a participar em voltas dos ciclomoinas enquanto nao for resolvida a situaçao de um elemento que ja nao pertençe a equipa .
    Que por norma ainda teima em apareçer para andar com os ciclomoinas .
    Tomané resolve a situaçao ate sexta.

    Alexandre silva.

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  7. Este comentário foi removido pelo autor.

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  8. Olá a todos

    Caros MOINAS como já era do conhecimentos de todos, não foi possível a minha presença no último fim-de-semana.
    Ao tentar saber como correu a volta vim a constatar que mais uma vez aconteceu alguns episódios menos agradáveis, porque a pessoa em questão (Carlos Ferreira) já não fazendo parte da equipa CICLOMOINA, insiste em aparecer para destabilizar e criar conflitos com os membros da mesma.
    Se insistir a aparecer e continuar com as atitudes provocatórias, será convidado por mim a não se juntar mais ao grupo CICLOMOINA.

    Desde já aqui fica as minhas desculpas pelo acontecido.

    Espero que no próximo Domingo estejamos todos juntos a pedalar e a comer umas coelhinhas da Páscoa.

    Tomane

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  9. Alexandre
    Sobre a subida não ofendes-te ninguem,levei isso como uma brincadeira.
    Sobre o segundo assunto,as coisas não se resolvem assim, pelo menos na minha maneira de ver,não querendo por em causa as tuas razões.

    Um abraço
    Gaza

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  10. Olá Moinas amanhã la vamos a mais uma etapa duríssima, sempre a direito que até chateia, mas se os roladores derem trabalho .... enfim lá teremos que ir a agarrar o elástico. Saudações

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