A etapa de Domingo previa-se longa e exigente e toda a gente pareceu estar bem ciente disso. Houve muita moderação e contenção logo após a partida, à excepção de dois ou três episódios que acabaram por marcar a volta e de lhe dar um colorido salutar.
Um modesto pelotão de nove elementos partiu às 8 e picos de Alverca em direcção a Vialonga, localidade onde viria a "aglutinar" os dois "dorminhocos" do dia, Luís Lopes e Gazela. A primeira parte da variante fez-se a passo de caracol, contrastando com a passagem pela fábrica da cerveja onde o Tomané, que anunciara ter de encurtar a volta mais cedo, marcou um passo mais rijo do que o aconselhável para início de tão longa (para os restantes) jornada. Chegou mesmo a sprintar para a rotunda do cabo, o sacana... A quebra abrupta no andamento que se seguiu pareceu incomodar principalmente o Nuno, que por aquela altura expressava energeticamente (talvez tenha bebido um café a mais) a vontade de aumentar a velocidade do colectivo. "Ainda está tudo a dormir" - comentou antes de começar a puxar na frente na esperança de que o aumentar do fosso desencadeasse nos restantes a vontade de perseguir. Nada feito. Tirando eu e o Pedro Fonseca que seguimos mais próximos até à rotunda à entrada do Tojal, onde esperava o Carlos (do Barro), o grupo não expressou qualquer reacção e continuou com o passo... molengão.
A abordagem a Fanhões fez-se com movimentações típicas, com os mais leves a destacarem-se nas secções mais inclinadas e a terem, consequentemente, de esperar mais tempo no final das mesmas. Em destaque estiveram o Zé e o Pedro Caro, cuja cadência elevada levantou a suspeita (mais tarde confirmada) de que havia ali benefícios de treino em BTT. No alto de Montachique o Nuno voltou a expressar descontentamento com o ritmo chamando a atenção para a necessidade de desencorajar as quebras no final das subidas. De facto não é muito desejável que tal aconteça mas, ainda assim, sempre é menos indesejável que seguir pelo caminho errado... Foi precisamente isso que aconteceu ao Nuno quando se "esqueceu" de virar à esquerda para Lousa a meio da descida levando a novo compasso de espera.
Na ascensão para Montemor o Nuno e o Pedro Caro começaram por conduzir o grupo a uma velocidade moderada que, ainda assim, acabou por seleccionar. Depois de novo reagrupamento houve ainda que enfrentar a penosa ligação à Venda do Pinheiro, durante a qual se acentuaram as diferenças de andamento. Optei por não forçar muito, descolei dos mais rápidos (Zé, Pedro Caro, Carlos do Barro, Alexandre) e acabei por ser dos últimos a chegar ao ponto mais alto. Até à rotunda da Malveira houve tempo e calma para recuperar e repor hidratos de carbono mas assim que se virou em direcção a Vila Franca do Rosário passou-se a ter de contar com o vento proveniente daquelas bandas. Nesta altura o Luís Lopes passa pela frente para a sua primeira contribuição do dia e coloca toda a gente em sentido. A descida foi iniciada a velocidade elevada mas, perante a ausência notada do Jorge, parte do grupo decide aguardar enquanto o resto continua a bom ritmo em a Barras.Chegava assim o momento de transpor um troço pouco familiar ou mesmo desconhecido para a maioria: a ligação à nacional 374 por Enxara do Bispo. Nesta passagem o Jorge esteve irreconhecível, com problemas para acompanhar mesmo o ritmo modesto que o António teve o cuidado de providenciar depois de se aperceber das dificuldades do amigo. A pausa para café ocorreria noutra Enxara, desta feita a dos Cavaleiros.
Na Cabêda o António teve forças para sprintar atrás de um triciclo motorizado e, inclusivamente, para o ultrapassar por alguns instantes. Novamente os protagonistas do dia assumiram a dianteira e fizeram a subida num bom ritmo. Desconheço como tenham corrido as coisas na frente porque fiquei à espera do Jorge que continuava uns furos abaixo do que nos tem habituado. No entanto, na passagem pelo topo do Forte de Alqueidão, e quando um primeiro grupo tinha ganho já umas boas centenas de metros, o Jorge começa a dar sinais de estar a recuperar. Chega mesmo a passar para a frente do grupo perseguidor e a lançar-se no encalço dos primeiros a velocidade apreciável obrigando quem com ele seguia a aplicar-se.
Após a descida para Monfalim muitos julgavam (ou desejavam) a continuação da volta rumo à Arruda via Casal da Pevide e manifestaram alguma surpresa e apreensão quando a programação original foi confirmada. Com o impasse que se criara acabei por começar a subida ligeiramente destacado e achei que seria uma boa oportunidade para "agitar o vespeiro" e ver o que de lá sairia. Mantendo o 53 fui subindo calmamente e ganhando alguns metros em direcção ao cotovelo direito que coincide com a parte mais inclinada da ascensão. Olhei para trás. Nada. Mais uns metros e mais um olhar... Nada. Ninguém parecia interessado em assumir a perseguição. Perante aquela apatia generalizada resolvo acelerar e partir a solo na tentativa de chegar isolado. No final de uma secção particularmente exigente, depois de uma fase de "descanso" situada sensivelmente a meio da subida, olho para trás e vejo que tenho o Carlos do Barro e mais uns quantos (Alexandre, Pedro e Luís?) praticamente a morderem-me os calcanhares. Consegui, no entanto, aproveitar bem o terreno que me é mais favorável junto à pequena urbanização para ganhar preciosos metros que me permitiram encarar a derradeira e mais complicada porção com alguma serenidade e chegar com cerca de 20 segundos de vantagem para o Carlos. Desconheço até que ponto o Carlos se terá empenhado na perseguição com o intuito de me alcançar. Gosto de pensar que se terá aplicado mas muito provavelmente nem por isso. Por outro lado, em condições normais (isto é, sem neutralizações e a discutir as outras subidas até ali transpostas) não teria a mínima hipótese de me isolar ali de figuras como o Zé, o Carlos do Barro ou o Nuno.
Até à descida para a Mata havia ainda alguns metros para subir. Aqui o Jorge demonstrou mais uma vez estar melhor e chegou por iniciativa deste a rolar-se bem perto dos 30 km/h. Na Arruda o Gazela "inventou" um atalho sem que o resto do grupo se apercebesse o que acabou por geral alguma confusão e a levar o Zé a esperar desnecessariamente por ele. Perto de Adanaia, e quando se rolava descontraidamente o Luís Lopes volta a fazer das suas e espicaçar. Daí até Alverca a sucederam-se ataques e algumas tentativas de fuga (às quais o Alexandre foi respondendo com insinuações sobre as preferências sexuais dos respectivos autores) mas acabaria por ser um grupo compacto e relativamente numeroso a discutir a chegada à cidade.
Durante a mini da praxe no café "O Forno" debateram-se os aspectos mais marcantes da etapa e preparou-se o calendário para as próximas saídas. Fica aqui a informação disponível de momento.
Programa de Festas
18 de Abril: Santarém (pormenores em breve)
25 de Abril: Volta de "conciliação" (Alverca-Ota-Alverca)
2 de Maio: Volta fica a cabo da imaginação do António "Rodinhas"
9 de Maio: 1ª Volta de preparação para o contra-relógio do CPCD - endurance; >180 km (pormenores em breve)
16 de Maio: 2ª Volta de preparação para o CR CPCD - paceline; afinar os tempos de passagem pela frente, as movimentações e ordem.
OLÁ MOINAS...
ResponderEliminarMAIS UMA EXPECTACULAR VOLTA EM QUE CHEGUEI Á PÓVOA COMPLETAMENTE DE RASTOS MAS COSTUMA-SE DIZER QUEM DÁ O QUE TEM PARA A EQUIPA E PARA ELE PRÓPRIO A MAIS NÃO É OBRIGADO.
ACHO QUE ESTOU A FICAR COTA PARA ESSAS AVENTURAS.MAS VENDO O CACELARA GANHAR.JÁ ME DÁ FORÇA PARA O PRÓXIMO DOMINGO.ABRAÇOS. ZÉ.MOINA
Boa tarde pessoal.
ResponderEliminarMais uma grande volta, sobre o engano eu so ouvia dizer que era para ARRUDA, e eu virei para ARRUDA, voces quiseram se ver livres de mim na subida (manhosos), grande aventura de A-DE-BARRIGA ate ALVERCA sempre no prego..
Bons treinos(a chuva) claro.
NUNO
Olá Zé
ResponderEliminarÉ com agrado que vejo uma excelente iniciativa da tua parte sobre o comentário da última tirada.
Contamos contigo agora e sempre nas crónicas e opiniões de cada volta.
Cabe a todos os elementos que integram as voltas, dar a sua opinião, para um melhor desenvolvimento do grupo "CICLOMOINA".
Boas pedaladas
Bom Dia Pessoal do Pedal
ResponderEliminarBela volta a de Domingo, não poderia ser de outra forma, pois foi elaborada por mim :)
Mais uma vez parabéns pela crónica do Ed, mesmo que em certas situações a descrição não corresponda ao que se passou na realidade, mas tem desculpa, pois não estava presente (Poupadinho) :),mas continua no bom caminho.
Zé
Se estás cota, que direi eu…..mas não vamos desistir, mesmo que o Luís( LooK) depois da volta de Domingo, volte a passar por nós na subida dos Caniços em pedaleiro grande, e com sorriso…..BOA LUIS
Dá para ver que o grupo está melhor a nível físico, Parabéns
Um grande Abraço e até Domingo se o tempo deixar
Gaza
Olá malta.
ResponderEliminarObrigado pelos comentários. Estejam à vontade para corrigir ou contrariar eventuais imprecisões que detectem na minha narrativa. Este espaço, que conta já com mais de 2000 visitas desde a sua criação, precisa muito da vossa intervenção, como referiu o Tomané.
Quero ainda dizer, a propósito do 1º comentário, que ao contrario do que possa parecer o Zé esteve, de modo geral, em muito bom nível. Simplesmente não teve a "lata" de se resguardar para a última subida como certos sacanas que praí andam :)
Um abraço e até Domingo
Boas pessoal,
ResponderEliminarA volta de domingo foi boa, os meus parabens aos "arquitectos" ED e GAZA.
Em relação ao comentario do GAZA, é verdade que noto alguma evoluçao na minha condição fisica que de certeza devo a este grupo.
Abraços.
Olá pessoal,
ResponderEliminarVolta bem boa, com algumas "subidinhas" que não conhecia e eu tambem pensava que era para Arruda e como ia atras do Nuno, quando o pessoal chamou para dar a volta lá perdemos uns metros e o comboio passou....
Já no final para queimar os ultimos cartuchos bem que tentei com o Luis aumentar o ritmo mas da minha parte já não dava++++....
Mais uma semana sem treinos vamos lá ver se Domingo temos sorte com o tempo....
Com chuva há pessoal na mesma para fazer a volta?
táva numa de arriscar a andar á chuva...... é que a ultima vez qua andei correu mal.....
Abraço a todos
Pedro Fonseca
Boas pessoal
ResponderEliminarse estiver a chuver nao contem comigo agora se nao chuver ATENÇAO vai haver fuca.
Alexandre Silva
Atletas
ResponderEliminarParece que não vou poder ir no dia 25 vou fazer uma volta mais longa .
Ou entao vou ate a Ota e depois vou me embora.
esta ai mais uma classica a porta bjs
Alexandre silva