Santarém, um apontamento

Meia-dúzia. Jorge, Luís, Pierre, Tomané, Nuno e eu tivemos a audácia de nos fazer à estrada encharcada com a convicção de que mais água haveria de cair. E caí mesmo. Na passagem pelo vale de Santarém, já no regresso, choveu o suficiente para ensopar cada um "até aos ossos". Não foi a primeira vez e não será, certamente, a última.

Depois de sair da garagem encontrei o Norberto que me perguntou: 1) se ia haver volta, 2) se sempre era para Santarém, com um tempo daqueles e 3) Se eramos malucos. Ok, não perguntou a última explicitamente, por assim dizer, mas foi isso certamente que pensou. Respondi que sim e zarpei rumo a Alverca, que o tempo urgia.

Perante as adversidades que se adivinhavam só por olhar para o horizonte considerou-se a possibilidade de modificar o trajecto mas acabou-se por manter os planos salvaguardando, no entanto, a opção de poder a qualquer momento voltar para trás e encurtar a volta. No início, com os "tanques" cheios de "combustível" pareceu mais sensato tentar evitar os salpicos das rodas do que procurar refúgio nas mesma. Assim, durante os primeiros quilómetros o grupo circulou bastante disperso, como se houvesse perigo de contágio de uma qualquer doença contagiosa. De entre os "doentes" o Tomané era o que apresentava os piores sintomas, culpa de um pneu emprestado que parecia arraçado de nora (daquelas de retirar e elevar água dos rios). Este facto não traria grandes problemas não fosse o facto do "Sr. director desportivo" se ter apresentado especialmente activo e energético naquela "bela" manhã de ciclismo e de fazer questão querer passar a maior parte do tempo na frente... Adiante...

Recta do cabo, estando bastante exposta ao vento, encontrava-se relativamente seca e foi feita a bom ritmo e com boa colaboração. Do Porto alto para a frente houve menos vento desfavorável mas mais humidade e a fobia dos salpicos voltou a importunar. Até Almeirim tudo correr pacificamente, sem grandes sobressaltos e desagregações, excepção feita a um furo na roda da frente da C2C do Pierre que obrigou a uma pausa numa altura em que o era relativamente alto. Lá se tratou de trocar a câmara de ar tendo a preocupação de não deixar no chão a substituída (não é assim Tomané?) que estas coisas não custam nada e podem fazer toda a diferença. De volta a velocidade de cruzeiro, rapidamente se encontrou Almeirim e a subsequente ligação à cidade Scalabitana. Após a ponte, sinais de trânsito indicavam o corte da estrada indicando um desvio para os lados da estação da CP. Arriscámos seguir o caminho habitual sem certeza de conseguir passar. Resolvi aproveitar aquela rara oportunidade de poder aproveitar toda a largura da estrada a meu belo prazer e forcei um pouco o andamento para realizar os cerca de 1.5 km em 3m52s (se a memória não me falha).

Enquanto decorreu a pausa para o café/pampilho da praxe o tempo piorou e à partida para a segunda metade já se faziam sentir uns pingos. Do Vale de Santarém para a frente foi sempre a piorar, quase até à Azambuja. Deu para molhar, para secar e... molhar outra vez... Em Vilafranca, depois das habituais escaramuças que marcam a aproximação à cidade, ainda consegui desencaminhar um para discutir o "sprint-à-placa", desta feita o Luís, mas face ao vento contrário que se fazia sentir a velocidade não terá passado uns modestos 47 km/h.

Não havia calor, não houve mini. Parou-se na nacional perto d'"O Forno" para acertar a agenda e cada um foi à sua vida. As exigências da volta fizeram sentir-se já em casa sob a forma de fortes dores, como à muito não sentia, nos bíceps das coxas, o que não deixa de ser estranho tendo em conta que esta semana fiz cerca de 1/3 dos quilómetros da semana anterior. Bom, está feita, venha a próxima.

P.S.: Para a semana temos a volta de "conciliação". Para aqueles que quiserem fazer mais quilómetros no Domingo pode arranjar-se um trajecto extra de carácter não oficial para fazer depois de concluído o que está marcado. Este é um dia importante para nós e seria bom estarmos todos presentes. Não há desculpa para não aparecer, certo Alexandre?

P.P.S: Em virtude de a etapa de Domingo ser mais "soft" do que é costume foi proposto fazer como volta não oficial de Sábado, dia 23, a de Cascais (Póvoa-Parque das Nações-Belém-Guincho-Colares-Negrais-Loures-Póvoa). Digam lá se estão dispostos a aparecer.

P.P.P.S: E treinem menos! Não têm mais nada que fazer? :P