quarta-feira, 30 de junho de 2010

A ponte em Muge

Privado da presença de alguns dos habituais um pequeno contingente Ciclomoina compareceu em Alverca à hora marcada para mais uma manhã de saudável convívio. Num percurso quase exclusivamente plano e com as dificuldades reservadas para os últimos 20 km o principal adversário acabaria por ser o vento, que só na recta do cabo esteve de feição.

Os primeiros minutos serviram, como tem sido comum, para aquecer. Apenas na passagem de Alhandra o mini pelotão abandonaria um posicionamento descontraído para passar a circular numa configuração mais eficiente, em fila única. A passagem pelo empedrado de V.F.X. separou, também como é usual, aqueles que preferem passar a zona em velocidade dos que temem pela integridade das respectivas máquinas (Tomané e as suas Zipp, por exemplo). O Zé surpreendeu ao destacar-se ligeiramente na frente neste que não é, de todo, o seu terreno. De qualquer forma, na passagem para a margem Sul houve o cuidado de reagrupar e à entrada da famosa longa recta das Lezírias já a integridade havia sido restaurada.

Seguiram-se cerca de 3 km com transposições sucessivas e um pouco agressivas com elementos a vir de trás para ultrapassarem os da frente levando sempre a um aumento de velocidade. Havia ali muita energia e muita disponibilidade para ajudar, mas muito pouca cabeça. Valeu a chamada de atenção do Zé e as suas indicações para que as posições relativas fossem mantidas e as rotações se dessem por iniciativa de quem liderava e não por quem seguia na roda. À excepção de uma ou duas trocas menos harmoniosas as "ordens" surtiram o efeito desejado, e foi quase sem se dar por isso que se passou o Porto Alto em Direcção a Benavente, com excelente colaboração e a boa velocidade .

Com a saída da estrada nacional na aproximação ao Porto de Muge o retornou a uma postura mais dispersa, com impacto óbvio na média que por essa altura andaria próxima dos 32 km/h. A passagem da ponte férrea é sempre um acontecimento assinalável, quanto mais não seja pela possibilidade de ver através do "chão" que proporciona a ilusão de "voar" sob o rio ou pelo comportamento estranho que a bicicleta tem em cima da grelha: - "Parece que o pneu de trás está vazio".


Após a passagem da ponte sobre a linha ferroviária, onde o Nuno resolveu responder ao meu adiantamento e ultrapassar-me a escassos metros do topo, o grupo foi forçado a voltar às posições de combate graças ao excelente trabalho do Pedro Fonseca que assumiu totalmente as despesas da ligação a Cruz do Campo. O passo certo e exigente calou, literalmente, o pelotão e até ao cruzamento praticamente só se ouviu o rolar dos pneus no asfalto.

De volta a terreno propício a rolar na N3 coube-me a mim fazer a transição para velocidades mais apropriadas. Optei por subir o ritmo muito gradualmente, perante a impaciência do Nuno que não parecia concordar. O que é certo é que ainda assim foi preciso refrear um pouco o andamento para evitar fraccionamento do grupo. A aproximação à Azambuja trouxe as habituais picardia, com o Luís a protagonizar mais um arranque "venenoso" às portas da localidade escolhida para a pausa do café.
No reatamento da etapa os efeitos da paragem eram bem visíveis, com a velocidade a rondar os 20 km/h durante alguns minutos e sem que houvesse grande vontade para a fazer subir.

No cruzamento com a N1 no Carregado segui-se em frente, como planeado, em direcção à Arruda já na companhia do Jorge que,  tendo partido mais tarde veio encontrar o grupo perto do "Campera". Desgastados pela acção do vento ao longo de 70 km fizemos-nos à parte mais exigente do percurso. Quando o terreno começou a inclinar foi mais uma vez o Pedro a assumir o comando. E que bem o fez mais uma vez, ritmo forte mas não exagerado permitindo seguir na roda com relativa facilidade. No final da subida mais longa foi ultrapassado pelo Nuno e pelo Zé que parecem estar em boa forma e dispostos a mostrá-lo. Mas tal em nada retira mérito ao trabalho do Pedro que se está a tornar numa da melhores rodas da equipa.

O terreno acidentado da Arruda trouxe mais algumas disputas, com alguns ataques por parte do Nuno nas partes mais exigente. Na longa descida para Alverca surgiram movimentação em antecipação do já tradicional sprint à entrada da cidade, que de resto havia sido profetizado pelo Nuno alguns quilómetros antes. Partiu, de resto, deste a iniciativa para esticar a linha tendo, assim, que os restantes respondessem e contra-atacassem. Mas apenas o Pedro Fonseca reagiu e rapidamente juntando-se a mim e ao Nuno na frente ao mesmo tempo que cavou um fosso para os mais descontraídos ou desatentos. O Nuno conduziu nos primeiros metros mas foi ultrapassado peremptoriamente pelo Pedro que tentou logo ali fugir. Consegui no entanto seguir na sua roda e este, dando pela minha presença, permitiu a recolagem do Nuno pouco tempo depois. As posições mantiveram-se até quase ao final mas numa das curvas mais apertadas acabei por, inadvertidamente, cortar a trajectória ao Nuno que se viu forçado a travar e a perder definitivamente o contacto. Mais uma vez o Pedro esteve muito bem, a negociar bem as curvas e a acelerar na saída das mesmas obrigando a aplicar-me para não descolar. Obviamente que, não tendo passado pela frente estava em perfeitas condições para depois da última curva sair "à sacana" da roda dele e sprintar nos derradeiros metros... e foi isso que fiz...

No final, pausa para "refrescos" n'O Forno', já sem o Tomané que resolveu seguir directo para casa. Media a rondar os 30 km/h, boas sensações e, sobretudo, indicações de que os participantes desta etapa estão mais fortes... Arrisco-me a não ter pernas para acompanhar a malta depois da paragem de duas semanas que se avizinha ...

No próximo fim de semana a volta passará por Alcochete, detalhes para breve. Na calha está ainda a deslocação a Troia para o almoço em casa do Pierre no dia 10 de Julho. A partida para esta etapa especial será feita às 7:30 no sitio habitual das concentrações de Domingo.

2 comentários:

  1. Olá a todos

    Mais uma bela tirada na companhia de todos os MOINAS sempre com muitos bons momentos.Fica aqui as minhas despedidas e até uma proxima pois estou de FÉRIAS.
    No proximo dia 10 não vou poder comparecer na tirada para Tróia mas lá estarei convosco no almoço, até porque o nosso aniversariante (Pierre) mereçe a nossa companhia nesse dia tão expecial.

    Bons treinos e até lá.

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  2. Olá Moinas
    Boa volta esta, onde me senti bem e procurei andar sempre que possivel na frente, quase no final da descida para Alverca quando vi o Edgar na minha roda sabia o que me esperava pois estava já na reserva e já não deu para responder quando ele saiu da roda(muito bem) para sprintar.
    Obrigado ao Edgar pelas simpaticas palavras na descrição da cronica da volta e um grande Obrigado tambem a todos os CICLOMOINAS por tudo aquilo que representam para mim.

    Para Domingo mantêm o horario (8:00)certo?

    Um grande abraço e continuação de boas pedaladas
    Até Domingo
    Pedro Fonseca

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